O
comerciante Valmir da Silva, de 40 anos, trabalha há mais de uma década com um
projeto social no bairro Vila Estação (antiga Favela do Gica) e que atende
garotos dos 7 aos 21 anos. O projeto é realizado em um campo de futebol do
bairro e conta com aproximadamente 100 crianças. Em algumas oportunidades, o
projeto é estendido também ao campo do Parque Leon Feffer, além da quadra de
futebol society do Braz Cubas Soccer em alguns dias da semana.
"Procuramos
trazer os garotos do bairro para o esporte, pois sabemos que se trata de uma
ferramenta que auxilia em todas as áreas freqüentadas pelas crianças, como
escola e na própria casa. Queremos trazer atividades para os garotos da
comunidade", explicou Silva.
Por
enquanto, o projeto contempla apenas a modalidade futebol, mas Silva pretende
ampliá-lo até o final do ano e construir um espaço com aulas de boxe, capoeira
e judô. Para isso, ele procura um patrocinador que o auxilie com materiais de
construção, como cimento, areia e bloco. "Gostaria da ajuda dos
comerciantes e empresários da região para que eu consiga construir um espaço
esportivo para o pessoal do bairro. Já tenho amigos pedreiros que se
disponibilizaram a construir o galpão, só falta o material", disse.
Além
disso, Silva busca também professores de Educação Física que estejam
disponíveis para dar aulas de futebol no projeto. "Como não temos captação
de recursos, pretendo formalizar o projeto e transformá-lo em uma ONG
[Organização Não-governamental] e tirar seu CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídia]. Se conseguir, vamos poder contratar um professor estagiário",
disse.
Mudança
O maior
interesse de Silva é oferecer perspectivas às crianças do bairro através do
esporte. Alguns alunos mudam o comportamento após as aulas com o professor
Silva. "Eu fazia muita bagunça na escola e agora sou mais controlado
porque o professor ´briga´ com a gente. Se falamos palavrão durante o jogo ele
também nos deixa de fora", afirmou Gilberto Carvalho.
O
estudante Fabiano Stevan, de 16 anos, alerta que o projeto social precisa de
patrocínio porque muitos garotos não têm condições para comprar seus acessórios
de futebol e reconhece que o trabalho realizado por Silva auxilia na formação
de caráter de várias crianças. "Precisamos de apoio para que possamos
participar de mais campeonatos. Temos que dar valor a este trabalho, porque se
não fosse por ele, não haveria esta integração entre os garotos do bairro",
afirmou Stevan, que participou da Liga Mogiana de Futebol graças ao projeto
social.
Gabriel
Victoriano, 16 anos disse também que o projeto ajuda a melhorar a imagem do
bairro. "Por causa de maus hábitos de uma minoria, muitas pessoas têm
preconceito com nosso bairro e o projeto passa uma imagem real da nossa
comunidade", disse.
Fonte- Projeto Hammer
Matéria Publicada no Jornal Mogi News
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